11/01/2016 - por Lucas Alencar*
Técnica aplicada em tumbas egípcias escaneia e armazena digitalmente locais inteiros, preservando os mínimos detalhes
A Stoppelaere House, um refúgio de teto
abobadado no meio do deserto egípcio, foi construído em 1950 para
abrigar uma equipe de arqueólogos que estavam escavando e estudando o
Vale dos Reis, em Luxor, no Egito. Hoje, 65 anos depois, a casa se
tornou um centro de escaneamento 3D capitaneado pela arquiteta egípcia
Alia Ismail, de apenas 24 anos.
Durante oito meses, ela estudou todas as ferramentas de escaneamento 3D
em um centro de tecnologia espanhol, aprendendo também a programar,
operar e consertar scanners.
Atualmente, ela é a responsável pela conservação digital da tumba do faró Seti I, pai de Ramsés II, o Grande.
A conservação digital é uma técnica em que um local é escaneado e
renderizado no computador, criando uma reprodução digital e perfeita do
lugar, preservando todos os detalhes originais.
Além de coordenar o escaneamento, ela está ensinando suas técnicas a
voluntários locais. "O objetivo é termos mil pessoas tirando mil fotos
por dia", disse Adam Lowe, diretor do centro que treinou a arquiteta
egípcia, à revista norte-americana Wired. "A ideia é que salvemos tudo o que pudermos da herança cultural egípcia, rapidamente", continua.
Quando Lowe ressalta que a meta é fazer tudo rapidamente, leva em conta fatos que comprovam a pressa: o turismo em massa está apagando muitas marcas do passado egípcio. Além disso, a destruição que o Estado Islâmico está fazendo na Síria e no Iraque acendeu o sinal de alerta, mostrando que o passado pode, sim, ser destruído.
Porém, acrescenta Lowe, animado, se tudo puder ser escaneado e
armazenado digitalmente, a cultura e os locais históricos serão
mantidos, mesmo que os originais sejam destruídos. E com modernas
técnicas de impressão, talvez possam até ser reproduzidos.
*Com supervisão de Cláudia Fusco
Fonte: Revista Galileu

obrigada professor!!!!
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